Os jornais informam que, após a derrubada dos decretos do IOF, a Câmara aprovou ontem regime de urgência para a tramitação de um projeto que trata da revisão de incentivos tributários, mas que não está efetivamente alinhado com a visão do governo a respeito do tema. Como anota o VALOR ECONÔMICO, o projeto, de autoria do senador Esperidião Amin (PP-SC), “não representa um corte efetivo dos benefícios fiscais , mas apenas determina os critérios para incentivos tributários”.
O pedido de urgência foi assinado por um dos mais próximos aliados do presidente da Câmara, Hugo Motta, o líder do PP, deputado Doutor Luizinho (RJ). Segundo a reportagem do VALOR, o requerimento “representava um desejo dos líderes de demonstrar esforços no sentido do ajuste fiscal”. O governo já havia indicado que enviaria um projeto de lei para revisão de incentivos fiscais após o recesso. O deputado Mauro Benevides (PDT-CE), autor de outro projeto, já em tramitação e mais alinhado à ideia do governo sobre o assunto, também tentou ter urgência aprovada, mas a votação acabou privilegiando a outra proposta.